Feeds:
Posts
Comentários

foto-capa-blog-2.jpg

http://vimeo.com/45319903

Ser pai é aprender uma lição definitiva em relação à rotina e ao ordinário do dia a dia. Grandes eventos pouco significam. Na verdade, é o prosaico que tem seu grande valor, é nele que as grandes mudanças ficam marcadas. E é isso que alimenta nossa memória e constrói nossa história.

Qual seu presente favorito?

Que presente você adora ganhar? Qualquer um, claro. Mas temos um preferido, não?

Para mim, flores são perfeitas. E comidas também são uma estratégia fácil para me agradar (como uma caixa com vários brigadeiros gourmet que eu ganhei no aniversário deste ano, ou uma garrafa de um bom azeite). Todas as outras opções estão sob o risco do gosto que não bate perfeitamente. Isso só corrobora a tese de que achar um presente é um desafio.

Mas acho imbatível ganhar um presente que a pessoa fez, que levou meses para preparar, ou que guardou no fundo da gaveta esperando a hora certa para te dar. Eu sempre penso “quanto tempo ela pensou em mim para me dar isso?”. Tanta dedicação não pode deixar uma pessoa mais feliz.

E é isso que eu penso do presente que minha amiga Bia encomendou para um casal de amigos. Escolheu o modelo e a finalidade (porque eles não tinham uma jarra de água ou suco), a cor (porque a cozinha deles tem ladrilhos hidráulicos com tons de azul) e o tamanho que achava ideal.

Pediu, eu fiz, e aqui está. Espero que os presenteados gostem bastante! Eu gostei e fiz com todo carinho!

 

 

DIY – jardim vertical

Eu amo estes jardins verticais e não consigo esconder. Não precisa ser gênio para perceber… Em tão poucos posts, este é o segundo sobre o mesmo assunto. Mas, se no primeiro eu falava do Mestre Jedi dos jardins verticais, este é para os iniciantes e apaixonados adolescentes. Como eu! 

Mas por que eu acho eles legais? Porque você consegue ter plantas vivas, ganhando forma e crescendo, dentro de casa. E mesmo que você more em um apartamento pequenino e que tenha que escolher entre um vaso ou mais uma cadeira à mesa, dá para ter um destes em qualquer cantinho, entre a estante de livros e um poster do seu filme predileto. E ainda pode trocar de lugar como sua mobilia pelos cômodos. Respeitando, claro, as necessidades do que plantar nele.   

A Anja (que nome lindo, não?) é uma holandesa que vende pequenos jardins verticiais na internet e entrega aqui no Brasil. Custa cerca de 60 reais, mais o custo da entrega. Mas o mais legal e ecologicamente correto é que ela vende os manuais DIY Vertical Garden, para nós montarmos em casa os nossos.

Aprender a fazer é o primeiro passo para se tornar um Patrick Blanc!

Eu acho que um jardim vertical de folhas robustas ficaria lindo em um banheiro. E com certeza quero montar um de ervas ao lado do fogão. Aí, na hora que pensar em por um punhado de alecrim e manjericão naquele molho, é só esticar o braço e pegar bem fresquinho. Não tenho mais desculpa para a enrolação!

 

(a letra maiúscula do Boldo será explicada no fim do post)

Uma das coisas mais legais de se ter um jardim é que tudo ali está vivo. Você pode até se dedicar sete dias por semana a podar, limpar e plantar, mas o controle é limitado.

Quantas vezes você não viu uma orquídea crescer para o lado contrário do que você gostaria? Ou um pé de manjericão só ficar vistoso (alguns usariam o adjetivo “feliz”) naquele canto da horta em que você queria mesmo era ter um tomateiro?

Eis que a grande lição que tomamos é se adaptar à exigência de cada planta (esta é mais fácil) e aceitar os desafios que qualquer uma te impõe. Isso porque até o mais singelo pé de cebolinha tem potencial para te fazer gastar pelo menos uma hora pensando o que fazer quando ele toma proporções muito maiores do que você precisava e planejava.

O personagem do dia é nosso Boldo.

Em um daqueles meus arroubos de luta contra um fígado preguiçoso, decidi que teria em casa um pé de boldo bem lindo e vistoso para os momentos de crise. Os prós: a planta é linda mesmo que você não considere seu valor medicinal, as folhas grossas e fortes são um exemplo de robustez e não há o que não faça esta planta crescer. Os contras (e alguns eu só percebi quando ele já tinha dois metros e meio de altura!): o consumo é sempre muito menor do que o rendimento, a não ser que você tenha um exército de pessoas com fígados ociosos, e o pé tem potencial de virar uma verdadeira árvore!

Um belo dia eu tive que enfrentar não a crise de fígado, mas o pé de Boldo em si. A poda foi quase a Terceira Guerra Mundial, e metade dele foi abaixo. Tirei todas as folhas que podia e distribuí para quem eu sei que consome. A minha felicidade é que a outra metade continuou firme e forte. Outra lição de perseverança!

E esta semana a gente ganhou um presentão dele:

Será que é agradecimento pela poda? Ou mais uma daquelas experiências em que vale a pena deixar a vida seguir seu ritmo? E por isso o boldo virou o Boldo, com direito a nome próprio como qualquer membro da família.

Até então, nunca tinha visto uma flor de boldo. E não é que ela é linda? Se eu fosse uma noiva prestes a casar, ela faria parte do meu buquê.

Não precisa explicar

Quando vi o trabalho do Patrick Blanc pela primeira vez eu tenho certeza que meus olhos arregalaram e aquele sorriso de pura felicidade brotou na minha cara.

Estes jardins verticais são a prova de que algumas pessoas tem um talento admirável e único. O Patrick (olha a intimidade aí, gente!) faz coisas que deixam o mundo mais bonito, a vida das pessoas mais leves e qualquer um inspirado a criar algo lindo.

Não dá para explicar. A imagem diz tudo.

Uma coisa leva a outra…

…mas não sei o que veio primeiro.

Sobre Terra e Argila começa despretensioso. O primeiro objetivo é manter a linha de raciocínio sobre estas duas coisas fascinantes e incríveis: plantas e cerâmica. São tão diferentes, mas vem do mesmo lugar.

Eu sempre fui daquelas crianças desastradas que não conseguiam fazer nada apresentável com as mãos. Fugia da aula de artes, cortava os stickers das lições errado e tinha que pedir emprestado dos colegas, a dobradura mais brilhante que eu fazia era um chapéu de marinheiro e na aula de música a professora só faltava tapar os ouvidos.

Não vou contar como e por que comecei a fazer cerâmica. Mas faz anos que isso aconteceu. Logo no início eu tive a sorte de encontrar uma inspiração: a querida sensei Regina Tsuchimoto. E nem sei como me apaixonei por plantas e por plantar. Será que isso também é genético? Minha vó tinha uma estufa na casa de uma tia, mas eu nem frequentei tanto.

Entrei nesta onda há anos e ainda estou engatinhando. Mas cada dia encontro uma inspiração, uma planta super impressionante que me faria voar pro outro canto do planeta só para vê-la ao vivo, um novo formato impressionante de vaso, jarra, travessa. E o mais legal é que ainda há muito para ver, sentir e fazer.

E é por isso que o blog nasce!